Os clichês tem a ver mais com estilo, digamos assim, mas tem um monte de outros defeitos que acabam passando batido, e a leitura dos amigos serve para isso também: eu troquei nome de personagens, em outra ocasião dei a entender que fulano teve um caso com sicrana, quando o fato deles não terem nada sexual era fundamental para desenvolvimento da trama, assim como criei um personagem secundário com dois nascimentos diferentes, e besteiras diversas, fruto de distração.

Não é difícil, no meio de centenas de páginas, fazer um cego ver ou cegar alguém que enxerga. São coisas que acontecem com frequência e que não percebemos na primeira revisão, depois de colocar o “fim” e enviar para os leitores íntimos. O fim é bem depois. Aliás, eu nunca escrevo “FIM”. Só para constar.